domingo, março 20, 2011

Civilizações Periféricas

OS CRETENSES

Como a Fenícia, Creta foi uma civilização dominada por cidades-Estados, especialmente Cnossos,  a mais importante. A proteção natural do mar proporcionava aos cretenses uma vida relativamente tranqüila. Mesmo assim uma poderosa frota viajava seu litoral contra o ataque de piratas que, por vezes, perturbavam seu comércio, sua principal atividade econômica. Para mantê-lo ativo importavam matérias primas para a produção metalúrgica, como o cobre de Chipre e o Estanho, da Ásia menor e exportavam objetos de cerâmica e de metal, tecidos, armas e principalmente, azeite e vinho. Também agiam como intermediários, ao transportar madeira do Líbano para o Egito.


As terras, bem aproveitadas, supriam com a atividade agropecuária as necessidades da população. Geralmente havia excedentes, que era exportado para pagar as importações. Na ilha de Creta, as oliveiras e as videiras se desenvolviam muito bem. Os palácios reais eram dotados de oficinas e armazéns para a atividade artesanal. Nele, os artesãos, organizados profissionalmente, trabalhavam com enorme perícia.
As mercadorias eram de fina qualidade: jóias, armas, vasos com armação de ouro, ferramentas etc. Os negócios eram registrados em papiro importado do Egito, mas os cretenses desenvolveram uma escrita bem mais simplificada.

                                                              (Palácio de Cnossos)

O domínio cretense cobre o sul da península balcânica fez com que muitas lendas fossem elaboradas, como a do Minotáuro, um monstro meio homem meio touro, que habitava a ilha e exigia sacrifícios humanos de que eram vítimas os gregos. O Minotauro habitava o labirinto (na verdade, o grande palácio de Cnossos), com seus múltiplos corredores, onde as vítimas se perdiam e eram por ele devoradas.
O padrão de vida para a época, em Cnossos, era elevado. Havia ruas calçadas, casas confortáveis para os mercadores. Seus habitantes conheciam hidráulica, pois sabemos que suas residências e as casas de banhos públicos era dotadas de água corrente.
O declínio cretense, após 1400 a.C., deve ter sido motivado pela invasão dórica da península Balcânica, com reflexos sobre a vida em Creta.


CIVILIZAÇÃO CRETO-MICÊNICA

Povos indo-europeus ocuparam a península Balcânica, a partir do ano 2000 a.C. Viriam formar o povo grego. A primeira vaga era constituída pelos aqueus que fundaram pequenas vilas, como Micenas e Tirinto, na região sul da península. Conheceram a civilização cretense, cujo comércio transformou Micenas em uma importante cidade, cuja influência se difundiu pela Grécia. Atacada e destruída pelos dóricos, Micenas praticamente desapareceu.

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