quarta-feira, junho 01, 2011

História das Américas


                       
                                     Incas


      Dinastia de soberanos do povo quíchua do antigo Peru, que provavelmente no século XII, fundaram um poderoso império, abrangendo Peru, Equador, parte do Chile e parte da Colômbia. Na época da chegada dos espanhóis, os Incas cobriam uma área de aproximadamente 4 mil quilômetros de extensão, com uma população de aproximadamente de 10 milhões de habitantes.

      Este império, era conhecido como o lugar das “Quatro Terras”, organizados em setores, divididos em unidades de 10 mil famílias, que por sua vez subdividiam em grupos de mil, cem e dez. Cada uma dessas unidades ficava sob a responsabilidade de um chefe, o Camayoc. Essas quatros regiões eram governadas por um funcionário especialmente designado e de ascendência aristocrata.

      A origem dos Incas é obscura, envolta de lendas e controvérsias. No entanto, a exemplo de outros grupos andinos, eles afirmavam proceder de uma pagarina, isto é, um núcleo ancestral tribal fundador. 

      A sociedade incaica apresentava-se bastante diferenciada, até mesmo dentro da própria dinastia, onde três grupos de parentescos se distinguiam: o do soberano (Sapa – inca), o das concubinas do rei e de suas esposas. Esses dois últimos formavam a aristocracia, e delas saiam os altos dignitários religiosos, militares e políticos, batizados pelos espanhóis de Orejones, por usarem grandes brincos pendurados nas orelhas. Abaixo havia os caciques regionais, os (curacas) e funcionários qualificados. Na seqüência havia os camponeses, artesãos, e , por último, os escravos oriundos da guerra e da conquista. Havia também um tipo de servos, os yanaconas, que dava prestígio para quem os possuía. 

A população vivia em pequenas comunidades agropastoris, localizadas nas aldeias, cada uma habitada por um conjunto de famílias os Ayllu,  elemento essencial no qual estava assentado os fundamentos econômicos da sociedade. Seus campos eram coletivos, isto é, cada família poderia dispor deles livremente, ao contrario das terras destinadas ao plantio, que eram distribuídos pelo Estado em usufruto, até a extinção dos seus possuidores. As formas de solidariedade presente refletiam a realidade há muito existente no campesinato andino. Tais circunstancias não impediam, porém que os membros do Ayllu fossem obrigados a prestarem serviços públicos.

      O soberano fixava a vida particular dos membros da sociedade. Determinava a data de casamento, a data dos cultos religiosos e mesmo a época das viagens e das trocas de domicílio. Além disso, havia a mita, que posteriormente foi adotada pelos espanhóis, que são dias de trabalho nas terras dos Curacas. Outro traço marcante da administração Inca eram os recenseamentos minuciosos, que possibilitava o controle demográfico.

      O principal centro administrativo do império era Cuzco, que no seu apogeu contava com mais de 50 mil habitantes. O poder imperial dificilmente era transmitido sem crises ou guerras. Isso porque não havia nenhuma regra de sucessão, “o poder não era objeto de devolução, mas de conquista”. Toda vez que um reinado terminava, sucedia um período de caos. Tais circunstancias, constituiu fator básico para que os espanhóis conseguissem dominar o império Inca.
   

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