OS PERSAS
Os persas pertenciam ao grupo indo europeu também chamado de ariano. Invadiram o planalto do Irã vindos do Cáucaso por volta de 2000 a. C., dividiam-se em medos e persas.
Povos guerreiros, conquistadores e expansionistas, dominaram povos do Oriente Antigo, desde o Egito até a Índia, estabelecendo um grande império. A grande vantagem militar: eram hábeis no uso de cavalos e possuíam carros de combate. Provavelmente foram os medos os primeiros a domesticar cavalos.
CIRO I – REI DA PERSA
Em 546 a. C., Ciro se tornou Rei da Pérsia. Formou um grande exercito, com soldados armados com longas lanças, corpos de arqueiros e cavalaria. Era um conquistador diferente, pois as cidades conquistadas não eram destruídas e os povos dominados, menos explorados.
Seus domínios se estenderam até o Mediterrâneo Oriental com a conquista de cidades gregas na região da Jônia a aliança com os Fenícios. Em 539 a. C., conquistou a parte ocidental da Índia. Governante hábil concedia liberdade religiosa, conseguindo assim o apoio dos povos dominados. Autorizou até mesmo os judeus cativos na Babilônia a voltarem para Jerusalém. Com a paz e o comércio se desenvolvendo. Foi um genial construtor de um grande império.
Nos domínios de Ciro, a idéia de justiça desempenhava uma função fundamental. Ciro criava condições para que os povos sob o seu domínio fossem capazes de pagar tributos. Concedia-lhes também certa autonomia, sob supervisão de um administrador persa por ele nomeado.
CAMBISES
Anexou o Egito em 525 a. C.
DARIO I
No governo de Dario, houve um grande desenvolvimento político administrativo. O império foi dividido em várias regiões conhecidas como satrapias, administrada por funcionários de sua confiança. Mantinha um corpo de funcionário de confiança que percorria as províncias (“os olhos e os ouvidos do rei”), e era responsável pela fiscalização dos atos dos sátrapas.
Por causa da grande extensão do império, organizou um eficiente sistema de comunicações, por meio de estradas e mensageiros. Havia quatro cidades administrativas: Susa, Persépolis, Passárgada e Ecbátana.
Graças a essa obra e o tratamento aos povos submetidos, o império sobreviveu por longo tempo, mas acabou sendo conquistado por Alexandre, em 331 a. C.
APOGEU DO IMPÉRIO
No seu apogeu o império controlava as rotas da China e da Índia até o mediterrâneo. Havia um longa estrada “Real” , com 2400 Km, ligando a cidade de Éfeso, no litoral do mar Egeu a Susa, dotada de hospedaria para os viajantes de estábulos para cavalos, bem como o correio oficial regular. As reservas governamentais eram tão grandes que a moeda persa, o dárico era aceita internacionalmente.
RELIGIOSIDADE
Os persas eram politeístas até a reforma feita por Zaratustra ou Zoroastro, no século VI a. C. que concebeu uma religião baseada na noção de justiça. Concebia a existência de dois deuses principais (dualismo) que representava princípios diferentes e antagônicos.
Aura – Mazda era o princípio da vida, luz, bem verdade, virtude e outras qualidades.
Ahriman, representado por uma serpente, simbolizava a morte, trevas, mal, discórdia, doenças, conflitos e outras desgraças.
Ambos estariam em constante luta. As pessoas que seguissem Aura-Mazda seriam recompensadas; os que seguissem seu opositor seriam castigados eternamente. Portanto acreditavam em outra vida, mas apenas para a alma.
Os ensinamentos do dualismo persa foram reunidos em um livro, o Avesta ou Zend – Avesta. Nele Zaratustra descreveu o Juízo Final, quando os valores morais e o comportamento das pessoas seriam pesados numa balança. Anunciava a vinda de um Messias, o “ungido”, salvador.
Aurea Mazda
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