Ameaça Fascista?
O integralismo ontem e hoje
A revista História da Biblioteca Nacional, examinou minuciosamente o movimento da década de 30, que orbitava pela ideologia fascista, porém mantinham um forte apego ao catolicismo, sobretudo o francês e mantinham alguns regionalismos. A Ação Integralista Brasileira.
A medida que eu lia a revista, mais ficava claro a idéia de Christopher Hill, que escreve na introdução do livro "O mundo de Ponta-Cabeça" em que "...a história precisa ser reescrita a cada geração, porque embora o passado não mude, o presente se modifica; cada geração formula novas perguntas ao passado e encontra novas áreas de simpatia à medida que revive distintos aspectos das experiências de suas predecessoras".
Recentemente fomos atingidos nos meios de comunicação por um onda moralizante de tentativa de corrigir costumes, que torna o texto da revista atual.
Certa vez, Geraldo Mello Mourão (1917 - 2007) em entrevista comentou que o integralismo pertenceu a uma época e findou com ela.
Porém alguns integralistas do século XXI garantem a sobrevivência do movimento, que é autoritário, conservador e que se diferenciava do movimento Europeu em algumas coisas. Por exemplo, o totalitarismo dos movimentos históricos europeus acreditavam que o homem estaria subordinado ao Estado como parte deste. Já a AIB dizia defender o Totalismo, em que o Estado seria apenas uma das expressões do todo.
Os integralistas de hoje se vêem como a quarta geração do integralismo.
O movimento continuou tentando se articular após a morte do seu "líder" Plínio Salgado. Na ditadura engrossou as fileiras da Arena, em 1981 foi fundado em São Paulo a casa de Plínio Salgado, a fito de divulgar suas obras. Outra tentativa de utilizar a sigla AIB ocorreu em 1988 e em 2002 o encontro entre as diversas correntes acabou e briga e supostamente ter levado ao suicídio, o presidente da CEDI (Centro de estudos e debates integralistas), o mais estranho foi o local escolhido para o ato, o mausoléu integralista que abriga corpos dos militantes mortos em 11 de maio de 1938, durante a tentativa de tomada do Palácio Guanabara.
Em 2004 ocorreu na capital paulista, o primeiro Congresso Integralista para o século XXI, o resultado do encontro, foi a missão de "resgatar o integralismo em todo Brasil".
Vários grupos e interpretações surgiram o que torna essa "missão" cada vez mais improvável.
Em 2005 foi fundado a FIB (Frente Integralista Brasileira) que acredita ser fiel a Doutrina do Sigma seguindo premissas indicadas nas encíclicas papais Rerum Novarum (1891) e o Quadragésimo Anno (1930). Defendem a "democracia orgânica", que tem o voto profissional, por sindicato e não o sufrágio universal.
Os integralistas dos tempos da AIB acreditavam em uma ideia, a segunda geração do movimento aderiu à democracia liberal burguesa no esforço de conciliar a militância com o sistema vigente, através do Partido de Representação Popular. A terceira procurou rever as metas a AIB, e os novos integralistas vêm redefinindo interpretações da doutrina, incorporando reflexos e novas perspectivas, mantendo-a como guia para uma leitura peculiar do mundo.
(Patrick Cesar - Professor)
(Patrick Cesar - Professor)
PORQUE VC POIS A FOTO DO HITLER! NÃO TEM NADA A VÊ COM O POST!
ResponderExcluirNão é do Hitler é do Plinio Salgado o lider do integralismo no Brasil, atuava na decada de 30
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